segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Coser troca o vermelho PT pelo verde na campanha ao Senado


Em meio às evidências de parceria “clandestina” com Hartung, identidade visual do petista vem dando o que falar


Renata Oliveira
08/09/2014 11:48 - Atualizado em 08/09/2014 15:28

O candidato ao Senado pelo PT, João Coser, se gaba de ser o quarto filiado ao partido no Brasil. A identidade com o PT sempre foi uma marca  das campanhas e das gestões dele, mas nesta eleição, a situação é diferente. Em meio aos rumores de que sua candidatura é clandestina no palanque de Paulo Hartung (PMDB), a identidade visual da campanha de Coser parece se afastar do ideário petista.

O tradicional vermelho PT deu lugar ao verde, sob a alegação de que são as cores do Brasil. A estratégia é diferente dos demais candidatos do partido em outros estados, em que há uma clara tentativa de reforçar a identidade partidária. Mas esse afastamento vai muito além das cores.

Exemplo disso é a página do candidato no Facebook. Foi preciso procurar muito até encontrar fotos ou postagens sobre a presidente Dilma Rousseff, candidata do partido à reeleição para a Presidência da República; e do candidato ao governo pelo PT, Roberto Carlos, com quem Coser deveria fazer dupla para reforçar o palanque.

Enquanto, ainda que em queda, lidera as pesquisas ao Senado, seu candidato não consegue se erguer nas pesquisas, mantendo um patamar muito aquém do esperado para uma candidatura petista, que seria em torno de 15%. Dilma também perde no Estado depois do fenômeno Marina Silva PSB), mas não parece haver preocupação do principal nome do partido no Estado nesta eleição em “rebocar” seus candidatos.

Diferentemente, por exemplo, do senador Eduardo Suplicy, candidato a reeleição em São Paulo, que seja na identidade visual da campanha, quanto nas postagens, tenta se aproximar da campanha presidencial, com fotos e postagens ao lado da presidente Dilma.

Para os meios políticos, a mudança na logomarca da candidatura de Coser seria para facilitar a movimentação ao lado do PMDB. Sem a identidade petista, fica mais fácil caminhar com Paulo Hartung.

Mas a dinâmica da campanha pode mudar no segundo turno, já que haveria uma tentativa com a nacional do PT de garantir uma parceria com o PMDB em uma eventual nova disputa no Estado. Nesse caso, Hartung, abandonando a campanha presidencial do tucano Aécio Neves (PSDB), estaria tentando se aproximar da presidente Dilma para enfrentar o palanque de Renato Casagrande, reforçado com a candidatura de Marina Silva, em uma segunda etapa.

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