Olho na Serra
Aliança firmada com Coser e Hartung é parte da estratégia de Vidigal para 2016
Rogério Medeiros
10/08/2014 13:17 - Atualizado em 10/08/2014 13:18
fonte:seculo diário
Essa aliança entre Sérgio Vidigal (PDT), João Coser (PT) e Paulo Hartung (PMDB), firmada em encontro público, já estava fechada há algum tempo, esperando tão somente o momento propício para ser anunciada. Que fosse render frutos para Hartung e Coser, já que o projeto de Vidigal é reconquistar a Prefeitura da Serra, ocupada pelo seu inimigo e desafeto Audifax Barcelos (PSB). E Vidigal precisa dos dois para desalojar Audifax da prefeitura. Uma coisa é ele conquistar, na Serra, com muito boa votação, um mandato para deputado federal, outra é ir para uma disputa com Audifax. Quando foi sozinho, levou uma baita de uma surra. Hartung governador ajuda, Coser senador também. Enquanto Vidigal precisa de apoio dessa grandeza, Audifax tem o instrumental fundamental para a disputa: a máquina e ainda dois anos para ajustá-la às suas necessidades eleitorais.
Obstáculo
Vidigal realmente está se munindo de todos os recursos possíveis para a reconquista da Prefeitura da Serra. Promete dar, no município, em recompensa, uma boa votação a Hartung e Coser.
(Causou enorme desconforto no PT, o presidente do partido, que é o Coser, ter deixado de comparecer ao “dia nacional da Dilma”, que levou petistas em todo o país às ruas - no Estado, em Cariacica, na Expedito Garcia - para ir ao encontro de Vidigal e Hartung).
Extrapolou
Muito embora, na prática, essa parceria represente um afronto à instituição partido político. O PDT de Vidigal está coligado com o PT, que tem candidato ao governo; o PT de Coser tem candidato ao governo; e Hartung tem candidata ao Senado (Rose de Freitas). Afronta à democracia, sem dúvida.
Melhor
Já a posição de Audifax é menos temerária no que tange ao afronto partidário. O seu principal apoiador, Vandinho Leite, também é do PSB. Aliás, Vandinho é uma liderança em enorme ascensão na Serra (há previsão de que possa receber mais 40 mil votos para deputado federal, com Vidigal na competição). E o candidato ao governo, Renato Casagrande, também é do seu partido.
Favorável
Do ponto de vista democrático, a jogada do Vidigal é desastrosa, no entanto, no que se refere à perspectiva política, é uma saída para retomar o poder na Serra, hoje o maior colégio eleitoral do Estado. Agora se Hartung perder a disputa, adeus à política para
Vidigal.
À parte
A eleição na Serra é capaz de decidir destinos que possam ir além do de Vidigal. A vitória de Casagrande coloca entre os seus sucessores ao governo o próprio Audifax, ao lado do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS).
Passarela
É de se esperar, portanto, visitas constantes dos candidatos ao governo na Serra, muito embora a rua não seja a prioridade de Hartung, habituado a vencer eleições armando arapucas como essa da Serra. Já a de Casagrande é estar sempre na rua, apertando mão.
PENSAMENTO:
“A vida é cheia de acontecimentos inesperados!”. Anton Tchékhov
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