quarta-feira, 12 de junho de 2013

Valdinei Tavares fala pela primeira vezes sobre espionagem promovida pela VALE DO RIO DOCE.

Valdinei Tavares quer levar caso de espionagem aos organismos internacionais
''É um absurdo um aparato empresarial violar o nosso direito de privacidade''
Manaira Medeiros
11/06/2013 20:04 - Atualizado em 11/06/2013 20:06



Apontado pela Vale como o líder da ocupação em Bicanga, na Serra, o coordenador estadual do Movimento Nacional por Moradia e vice-presidente da ONG Amigos da Barra do Riacho, Valdinei Tavares, reagiu com indignação ao que chamou de “sistema de arapongagem” da empresa. Ainda sem acesso ao dossiê revelado pelo ex-gerente da mineradora André Almeida, ele afirma que irá reunir as informações do documento e consultar advogados  sobre as providências a tomar. “É necessário alertar aos organismos internacionais para que o mundo inteiro saiba como é tratada a democracia no país”.
 Valdinei interpreta a prática de espionagem da Vale como uma tentativa clara de inibir a única voz que questiona os grandes projetos no Estado, que são os movimentos sociais. “É um absurdo um aparato empresarial ser maior até do que o aparato do Estado, e violar o nosso direito de privacidade. É a imposição da ditadura militar pelo capital privado”, ressaltou.
Ele nega ter liderado o movimento e que apenas passou na ocupação, como coordenador estadual do Movimento Nacional por Moradia, e lá não permaneceu. Da mesma maneira, desconhece a identidade de Erick Tavares - também apontado no relatório como líder da ocupação - e informa ser filiado ao PT desde 1999. “Essa é a inteligência da Vale?”. 
O militante dos movimentos sociais destaca ainda o foco macro da empresa em relação aos movimentos sociais, já que ele tem atuação no norte do Estado e Gustavo De Biase na Grande Vitória. A impressão, segundo Valdinei, é que a empresa realiza um mapeamento geográfico das áreas potenciais a conflitos sociais e ambientais, para identificar as ações de resistência e aniquilá-las. 
Morador de Aracruz, sede da Aracruz Celulose (Fibria), outro grande empreendimento que resulta em graves impactos sociais e ambientais e onde estão extensas plantações de eucalipto da empresa, Valdinei teme por sua segurança e de sua família.
O coordenador estadual do Movimento Nacional por Moradia e vice-presidente da ONG Amigos da Barra do Riacho alerta também sobre a vulnerabilidade das redes sociais, importante mecanismo para a luta em favor dos direitos humanos e da sustentabilidade. 
Além da espionagem da Vale, ele aponta o monitoramento das redes pelo governo do Estado, referindo-se ao ato publicado no Diário Oficial do no último dia 29, que aditiva um contrato de comodato firmado com a empresa Digítro Tecnologia Ltda de uma ferramenta de monitoramento das redes sociais. A empresa já fornece o sistema Guardião, responsável pelas interceptações telefônicas.
“Não temos mais o direito de se comunicar, de exercer o livre direito de expressão. Os poderes público e privado invadem a vida alheia, sem pedir licença”, completou.

ONG Amigos da Barra do Riacho.
Acredito que um dos motivos da preocupação por parte da empresa pode ser devido aos inúmeros pedidos e solicitações que Eu Valdinei Tavares, tenho feito para construções de viadutos sobre a ferrovia da empresa em Barra do Riacho em dois pontos um próximo a Portocel e outro nas proximidades da NUTRIPETRO com a construção dos acesso a Barra do Riacho não mas ficaria refém da empresa tendo, "livre acesso garantido seu direito de ir e vir da comunidade" a qualquer momento sem se preocupar com as vias de entrada e saída da comunidade fechadas por trens da empresa trazendo transtorno e um risco eminente de perca de vidas em uma emergência em casos de remoção de paciente por meio de viaturas, Bombeiros e ambulâncias ou até mesmo perseguições policiais.
valdinei tavares

Nenhum comentário: