O retorno do prefeito de Aracruz, Ademar Devéns, não tem outra explicação no município senão a pressão política. Com 14 ações de improbidade administrativa tramitando contra ele, com provas contundentes das irregularidades, para os meios políticos não haveria como aontecer o retorno dele ao cargo. Aliás, os comentários no município são de que o caso estaria evoluindo para a prisão de Devéns.
Para os observadores da política local, o caso é mais um episódio da disputa de poder entre os grupos do governador Renato Casagrande e do ex-governador Paulo Hartung. Cavaglieri é do partido do governador, teria o apoio palaciano para disputar a eleição do próximo ano. Apesar da forte crise na prefeitura, ele conseguiu sair ileso desse processo. Fundador do PSB, figura histórica do partido, seria um dos principais riscos à eleição de Marcelo Coelho (PDT).
Ao chegar à prefeitura com o afastamento de Devéns, Cavaglieri encontrou dificuldades políticas, sobretudo no que diz à governabilidade. Sem o apoio da Câmara, não conseguiu implantar uma nova gestão no município. O bloqueio no Legislativo era comandado pelo vereador Gil Furieri (PMDB), que liderava a bancada peemedebista na Casa.
O deputado, por sua vez, é líder do governo, apenas por uma questão conjuntural, já que atuou como bombeiro na eleição da Assembleia e atendeu ao perfil desejado pelo palácio por ser um membro solto do plenário, sem apegos a grupos políticos dentro da Casa, transitando muito bem no plenário. Mas isso não significa aproximação política com o grupo de Casagrande.
Em Aracruz, Coelho é ligado ao senador Ricardo Ferraço, ou seja, ao grupo do ex-governador Paulo Hartung. O deputado, porém, tem problemas na Justiça também. Ex-vice-prefeito no período de Cacá Gonçalves, foi incluído em uma série de ações contra o ex-prefeito. Por isso, com Devens na prefeitura cria-se uma instabilidade política que prejudica o socialista e fortalece o pedetista.
O primeiro sinal dessa movimentação aconteceu em 2010. Com a fragilidade do prefeito Dévens, Marcelo Coelho foi eleito para a Assembleia com 42% dos votos no município. Com a instabilidade que se desenha até o período eleitoral, o deputado deve se fortalecer ainda mais.
A pressão política para o retorno de Devens à prefeitura partiu de grupos econômicos e políticos e criou uma verdadeira batalha entre a Justiça local e a segunda instância. Um dos nomes que teria influenciado na decisão que recolocou o prefeito no cargo foi o conselheiro José Antônio Pimentel, ligado a Ricardo Ferraço.
Apesar do posicionamento firme da juíza local, Trícia Navarro Xavier Cabral, que mantinha o afastamento do prefeito, suas decisões sofrem constantes revezes no Tribunal de Justiça do Estado (TJES).
Fonte: Seculo Diário
Renata Oliveira
Foto capa: Carlito Medeiros
Foto capa: Carlito Medeiros
2 comentários:
SABE DE UMA COISA? MARCELO TEM SEUS DEFEITOS E QUALIDADES, MAIS DEVEMOS MUDAR A HISTORIA DO MUNICIPIO, CHEGA DE MONOPOLIO, SE ELE VIR COMO NOSSO PREFEITO, NADA VAI MUDAR, ELE JA ESTA CONTAMINADO COM A CORRUPÇÃO ASSIM COMO TODOS QUE ALI ESTÃO. PENA QUE AINDA NÃO TEMOS UM REPRESENTANTE A SUA ALTURA.MAIS AINDA FICO PREOCUPADA COM O VEM POR AI. DEVERIA ACONTECER PENEIRAS POLITICAS ANTES DE CADA PRE-CANDIDATURA E O POVO ESCOLHER POR MERITOS E NÃO ROTINHO BONITO.
SABE DE UMA COISA? MARCELO TEM SEUS DEFEITOS E QUALIDADES, MAIS DEVEMOS MUDAR A HISTORIA DO MUNICIPIO, CHEGA DE MONOPOLIO, SE ELE VIR COMO NOSSO PREFEITO, NADA VAI MUDAR, ELE JA ESTA CONTAMINADO COM A CORRUPÇÃO ASSIM COMO TODOS QUE ALI ESTÃO. PENA QUE AINDA NÃO TEMOS UM REPRESENTANTE A SUA ALTURA.MAIS AINDA FICO PREOCUPADA COM O VEM POR AI. DEVERIA ACONTECER PENEIRAS POLITICAS ANTES DE CADA PRE-CANDIDATURA E O POVO ESCOLHER POR MERITOS E NÃO ROTINHO BONITO.
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