quarta-feira, 25 de abril de 2012

Operários da Mendes Junior e policiais militares entram em confronto em Aracruz






A revolta aconteceu depois de uma assembleia com aproximadamente 1,2 mil trabalhadores

25/04/2012 - 19h19 

Fonte: gazeta online. 

Os trabalhadores estão parados desde 29 de março e reivindicam, entre outras coisas, aumento salarial de 20%, o fim do desvio de função, horas extras de 100% no meio de semana e de 150% aos sábados, domingos e feriados. A revolta aconteceu depois de uma assembleia com aproximadamente 1,2 mil operários em que seriam discutidas as reivindicações. Porém, segundo os trabalhadores, os representantes da Mendes Júnior não apareceram.

De acordo com o tenente-coronel Hilton Borges Correa, comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar de Aracruz, cerca de cinco oficiais acompanham há um mês a greve e sempre procuraram estimular o diálogo, dando total apoio ao Sindicato. Porém, na avaliação do tenente-coronel, nesta quarta o Sindicato perdeu o controle da situação e, como houve depredação do patrimônio da empresa, teve que intervir.

Ele contou que foi necessário usar granadas de efeito moral, balas de borracha e pedir reforços, uma vez que o grupo de 50 ou 60 operários mais agressivos ameaçavam outros funcionários e o patrimônio da empresa. Eles atiraram pedras na direção da tropa de choque que tentava, com autorização de um ordem judicial, retirar os trabalhadores do local. Cinco operários foram detidos e um ficou lesionado, depois de ser atingido no braço por uma bala de borracha.

O outro lado

A Mendes Júnior Engenharia S.A, por meio de nota, disse que tem feito todos os esforços para a volta ao trabalho e o fim da paralisação. Ela aponta que uma nova proposta de conciliação foi levada aos empregados em 23/04, mas foi rejeitada pelos trabalhadores que decidiram pela continuidade da greve. De acordo com eles, a proposta rejeitada contemplava: abono de 50% das horas não trabalhadas e os 50% restantes seriam descontados em duas parcelas (25% em abril e 25% horas em maio); adiantamento correspondente a 50 horas; crédito total dos valores referentes ao mês nos cartões alimentação e refeição e a elaboração de um plano de recuperação da produção do período paralisado, com correspondente pagamento adicional aos trabalhadores, ao final da obra.

Ainda na nota, a empresa afirma que os trabalhadores estão obrigados a retornar ao trabalho desde 06/02/2012, por meio de liminares expedidas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Hoje, nova liminar foi expedida pelo TRT reforçando as liminares anteriores e determinando o bloqueio de mais R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) da conta corrente do SINTRACONST, totalizando R$ 100.000,00 (cem mil reais) dos R$ 1.400.000,00 (hum milhão e quatrocentos mil reais) que já são devidos pelo sindicato, em função de multa determinada pelo TRT, devido ao descumprimento das liminares.

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