21/12/2011 11h59 - Atualizado em 21/12/2011 11h59
Em uma semana, 4 vereadores foram presos e 3, afastados, em Aracruz.
Eles são suspeitos de fraude em licitações na Câmara do município.
Juirana NobresDo G1 ESfoto: Divulgação


O espírita teria sido contratado pelos vereadores Orvanir Bosquetti (PMDB), Ozair Coutinho Auer (PMDB) e Gil Furieri (PMDB)
Os vereadores suspeitos de fraude em licitações na Câmara de Aracruz, Norte do Espírito Santo, contrataram, segundo a Justiça Estadual, um espírita para "avaliar as energias das testemunhas". Uma das pessoas ouvidas pelo Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) diz que o grupo de vereadores detidos "atuam em bloco e são capazes de mandar matar quem atravessar no caminho deles.
Na denúncia do MP-ES, uma outra testemunha conta que precisou ser revistada pelo grupo de vereadores ao chegar para uma reunião em um sítio de um dos vereadores, em Guaraná, distrito de Aracruz.
"O depoente teve que levantar a perna da calça como forma de ser revistado. Ele foi alertado por alguns vereadores a pensar bem o que faria, já que delatar uma prática de corrupção na Câmara era muito perigoso. O depoente foi seguido por carro suspeito por duas vezes, e motocicletas rondavam a sua casa. Alguns vereadores disseram ao depoente que se algum dia fossem delatados seria "creu no depoente", ou seja o matariam se pensar duas vezes", aponta trechos da denúncia.
De acordo o Ministério Público, os detidos se valeram de diversos artifícios ilegais para fraudar e burlar a legislação usando poder de influência.
O presidente da Câmara de Veredores de Aracruz, Ronaldo Cuzzuol (PMDB), foi procurado pelo G1 para comentar a prisão dos 4 vereadores e sobre o afastamente de mais três. "Eu acredito que este não é o melhor momento para comentar o assunto. Prefiro não falar nada, até que tudo seja esclarecido", disse Cuzzuol.
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