Cristina Moura
Moradores de Aracruz, principalmente os da orla do município, estão ansiosos para o início das obras das casas populares, um dilema que se arrasta há vários anos, mas que se agravou em 2011. Esta semana foi marcada por manifestações dos moradores. Na próxima segunda-feira (9), a administração municipal avisou aos manifestantes que a empresa vencedora do processo de licitação será anunciada.
Técnicos da prefeitura explicaram que o prazo dos recursos administrativos das empresas que concorrem à licitação da construção chegou ao fim. Na última segunda-feira (2), uma reunião de emergência foi organizada com o vice-prefeito Jones Cavaglieri (PSB), representantes das Secretarias de Habitação, Obras, Suprimentos, Comunicação e da Procuradoria e uma comissão de moradores junto com a ONG Amigos da Barra do Riacho.
Os moradores fizeram um manifesto em frente à Câmara Municipal de Aracruz, com faixas pedindo o fim da corrupção naquela Casa e renúncias dos envolvidos em corrupção. A mais recente renúncia, ocorrida nesta semana, foi a do vereador Leonardo Cuzzuol (PMDB), presidente da Casa, em pleno período pré-eleitoral, suspeito de envolvimento em contratos de limpeza urbana.
Na manifestação, os moradores relembraram que, no dia 18 de maio de 2011, um drama envolvendo 313 famílias, o que corresponde a 1,6 mil pessoas, aconteceu em Aracruz. As famílias foram expulsas de suas casas, que foram gradativamente demolidas, provocando um conflito político-econômico e social.
Também esta semana, os moradores de Barra do Riacho promoveram um manifesto na Unidade de Saúde local, para cobrar o Pronto Atendimento 24 horas. O manifesto deu origem a um abaixo-assinado, que foi enviado em anexo a uma denúncia protocolada no Mistério Público Estadual (MPES) e no Conselho Municipal de Saúde. A intenção dos moradores é que o PA possa atender todas as comunidades da orla do município, desafogando o Hospital São Camilo, que concentra todos os atendimentos.
Segundo os moradores, o prédio da Unidade de Saúde está praticamente abandonado, com equipamentos defasados. Na área externa, um parque destinado a crianças se encontra sem qualquer condição de uso. O próximo passo da ONG Amigos da Barra do Riacho é mobilizar a sociedade para cobrar dos poderes públicos uma audiência sobre mobilidade urbana. Empreendimentos anunciados na região, segundo os líderes comunitários, podem ser o estopim para que ocorra um colapso no sistema de transporte que atende o município.
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