segunda-feira, 11 de agosto de 2014

PSDB nacional quer exclusividade de Paulo Hartung no Espírito Santo, a consolidação da traição de PH ao PT de Dilma.

Aécio Neves quer desmanchar 'casamento clandestino' entre Hartung e Coser
Vislumbrando um possível segundo turno contra Dilma, o tucano quer garantir um palanque seguro no Estado, longe do petista e próximo de Rose de Freitas
José Rabelo
07/08/2014 16:39 - Atualizado em 09/08/2014 11:11
fonte: seculo diário
O presidenciável do PSDB, Aécio Neves retorna ao Estado no próximo dia 22. Na agenda oficial de campanha, o tucano planeja visitar Colatina, Linhares e municípios da Grande Vitória. Campanha à parte, Aécio tem um assunto delicado para tratar nesta segunda passagem pelo Espírito Santo. O tucano tem a desafiadora missão de convencer o candidato do PMDB ao governo, Paulo Hartung, a se afastar do petista João Coser, que almeja conquistar a vaga única no Senado nestas eleições. 
 
Não é segredo para ninguém que Coser é candidato “clandestino” de Hartung. Desde o início da campanha a candidata genuína do PMDB ao Senado, a deputado federal Rose de Freitas, foi relegada pelo próprio Hartung. 
 
O plano de Hartung em eleger Coser, porém, pode entrar em conflito com a estratégia do presidenciável do PSDB. Aécio aposta que irá disputar o segundo turno com a presidente Dilma. Ele sabe também que o PSDB, no histórico de disputas presidenciais, sempre foi aniquilado pelo PT no segundo turno. Conclusão: precisa partir para o segundo turno com faca nos dentes e não se dar ao luxo de desprezar um único voto.
 
Consciente de que a disputa promete ser acirrada, Aécio vai tratar com zelo redobrado os votos em todos os estados onde o PSDB tem palanque forte, caso do Espírito Santo, com Hartung e o vice tucano César Colnago. 
 
Desconfiado como todo mineiro, Aécio ficou ressabiado quando soube da forte ligação entre Hartung e Coser, e do desejo do ex-governador em eleger um dos seus mais fieis aliado. Chegou também aos ouvidos de Aécio que Rose foi descartada dos planos de Hartung – ou talvez nunca tenha estado. 
 
Não seria surpresa se a própria Rose tivesse revelado a Aécio os planos de Hartung. Isolada como está hoje, a peemedebista sabe que sua derrota seria iminente diante de dois fortes concorrente (o próprio Coser e Neucimar Fraga), que são apoiados pelos dois candidatos ao governo que polarizam a disputa: Hartung e Casagrande. 
 
Mas chegar a um consenso que agrade a Hartung exigirá uma engenharia complexa. Aécio terá que convencer o amigo capixaba de que precisa de um palanque parrudo no Estado, que seja capaz de absorver os impactos de um estremecedor segundo turno entre ele e Dilma. 
 
Caso a eleição também leve para o segundo turno Hartung e Casagrande, e Coser saia vitorioso da disputa ao Senado, a ratoeira estaria armada para Aécio, simplesmente porque o tucano não poderia contar com Coser como cabo eleitoral. O petista pediria voto para Dilma, por obrigação, e para Hartung, por agradecimento. 
 
A saída para o tucano seria desmanchar o “casamento clandestino” de Hartung e Coser e unir o ex-governador a Rose. Argumentos para querer ver Rose vitoriosa ao lado de Hartung não faltam para o presidenciável tucano, o difícil será convencer o amigo capixaba a partilhar deste projeto. Logo ele, que já tem candidato ao Senado antes mesmo do processo eleitoral começar. 

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